72 horas

Fotos: Thiago Henrique | Montagem: Nathália de Sá

Apenas 72 horas separam a publicação deste post e o nascimento do meu primeiro e amado filho.

Parece que foi ontem que meu corpo anunciou o início de uma gestação. Momento mais que esperado por mim, pelo Edu e por todos que conhecem nossa história de amor. 

Compartilhar este momento tão especial me faz bem e sei que muitos têm acompanhado de perto os preparativos para a chegada do 'nosso menino'.

Agradeço a todos que me telefonaram, aos que pretendem telefonar, aos que enviaram e aos que vão enviar mensagens com manifestações positivas. 

Ansiedade pode ser uma boa definição para alguém que espera pelo resultado de uma prova, ou ainda para quem aguarda um encontro especial, como o que terei na noite desta sexta-feira... mas, para mim, a expectativa de ver e ter meu filho nos braços pela primeira vez vai além do que qualquer palavra pode expressar.

Agradeço a TODOS pelo carinho e especialmente a DEUS pela benção que concedeu a nossas famílias.

   

Preparativos finais

Foto: Thiago Henrique

Apesar das emoções do dia, confesso que me senti tentada a escrever sobre outros temas, que não a chegada do André.

Pensei em falar sobre política, sobre o julgamento do caso 'Mensalão', sobre o absurdo das campanhas que poluem as ruas e nossos ouvidos... enfim, uma série de coisas banais.

Mas, depois que o meu obstetra finalmente marcou a data para o nascimento do meu bebê, não tinha como mudar o assunto.

Agora que temos o 24 de agosto como data oficial, não terei tempo para pensar em muitas coisas, senão em deixar tudo pronto e organizado para a tão esperada chegada do André ao mundo. Isso envolve o quarto, que amanhã ficará lindo com a instalação das cortinas, quadros e nicho; as malas - minha e do André - , que apesar de estarem prontas serão vistoriadas para ver se não esqueci de nada; a casa e as preces para que meu bebê seja recebido com muita luz e que tenha saúde.

Ninguém disse que seria fácil...

Foto: Thiago Henrique

Às vezes me sinto fraca e mimada por sentir tanta dor em alguns movimentos do meu bebê. Outras vezes me sinto forte por ter sobrevivido a tantos medos e momentos difíceis. Por fim... na maior parte do tempo me sinto MUITO feliz e realizada por ter sido abençoada e por poder gerar em meu ventre um ser de luz e amor, sim, sei que meu bebê é especial.

Me pego a todo instante agradecendo a Deus por esta dádiva, por este milagre e me pergunto como pode isso. É algo muito mágico e especial e nem no meu melhor sonho eu poderia imaginar que Deus prepararia algo tão maravilhoso em minha vida. Ops, em minha vida apenas não, em nossas vidas. Minha, do Edu, dos meus pais e sogros, irmãs e cunhados. De toda uma família.

Tudo fica pequeno diante do que vem por aí. E agora que falta tão pouco posso dizer com plena convicção que, apesar de não terem avisado sobre as dificuldades, hoje sei que vale - e muito - a pena.

Está chegando a hora...

Foto: Thiago Henrique

Foram muitos anos de espera para viver este momento e agora, que estou tão perto de concretizar um sonho: o nascimento do meu primeiro filho, mal posso acreditar que em poucos dias ele estará nos meus braços.

O privilégio de ser mãe é algo tão grandioso que eu não me canso de agradecer a Deus por este ato, que considero um milagre... o de gerar uma vida.

A única coisa que posso dizer é que TUDO vale a pena. A transformação no corpo, os inchaços, as dores nas costas, os enjoos dos primeiros meses – os meus foram intensos –, os momentos de preocupação e dores dos movimentos intensos aqui dentro do meu ventre. Se bem que nenhum destes movimentos, sejam eles chutes ou socos, se comparam ao encaixe do pezinho na costela, dor esta que não esquecerei nunca.

Agora com quase tudo pronto, só vou acertar os últimos detalhes do quarto e esperar o André chegar com muita saúde e para trazer mais alegria para nossa família.

Ah... já comecei a preparar o Rockyto – meu yorkshire de 1 ano e 8 meses –, para a chegada do bebê.

Educação e cultura

Uma das coisas que mais me orgulham na vida foi a educação que meus pais me deram. Quando falo em educação me refiro ao direito de estudar em boas escolas e ao acesso a vários cursos, além da educação moral, que fez de mim e minhas irmãs pessoas de bem. E isso não tem preço!

Com base nesses preceitos, tenho plena certeza que vou priorizar o direito do meu filho à educação e cultura. Claro que a coisa mais importante é garantir que ele tenha qualidade de vida, mas desde muito cedo ele vai aprender a respeitar o próximo - independente de sua idade -, amar os animais, zelar e amar sua família - pais, avôs, tios e primos -, além de ter acesso à cultura.

Muito antes de ser jornalista eu já gostava de ler. Devo isso aos incentivos dos meus pais que sempre me deram livros. Com o André não vai ser diferente. Isso porque antes mesmo de nascer ele já tem alguns em sua coleção.

Ele tem livros de banho, livros de pano, livros que viram travesseiro e até a Bíblia infantil. Hoje, durante minha visita à Bienal do Livro de São Paulo, aproveitei para comprar alguns livros para ele, entre eles o Livro do Bebê, um livro-travesseiro e um livro-álbum do Teddy (fotos), além de um livro com 365 histórias para dormir.

Gostaria muito que todos os pais do mundo também pudessem garantir esse direito aos filhos. O direito à educação e cultura.

Post dedicado aos meus pais, Julia e Onofre, que são as pessoas mais importantes da minha vida.